terça-feira, 2 de janeiro de 2018

93ª Corrida de São Silvestre (Você é mais forte do que pensa)

                               
Data: 31/12/17 Distância: 15 km Tempo: 02:00:17  Pace: 08:01 min/km 
Colocação: 13812º 


                                                                  Percurso:
                                                   
Fui motivado e incentivado pelo Uilton Franz (sogro), isso a 02 meses da corrida... "Dois meses conseguirá treinar e se condicionar tranquilamente", concordei com a citação e me convenci, até mesmo por que me senti desafiado a pelo menos tentar.

Pois bem, de lá até o dia da corrida devo ter treinado no máximo 5 vezes, nunca numa distância superior a 10 km, a propósito o ano inteiro eu praticamente não corri.

Para “ajudar”, torci o pé faltando um mês para o dia 31/12, fiquei gripado, coluna voltou a doer, ou seja, tinha todos os motivos pra me convencer a nem ir à São Paulo.

Ao acordar (de madrugada) no dia da corrida eu só queria não estar com dor e me sentir bem clinicamente e assim foi; dor nenhuma na coluna, pé já recuperado, sintomas da gripe também já não existiam mais...

No caminho pra São Paulo massageei o corpo todo com cânfora (dá uma sensação boa isso...rsrs) e meu cunhado fez o mesmo, um dorflex também tomei por precaução e já antevendo as dores que certamente viriam.


 Minha meta sempre foi concluir os 15k e ao chegar no local da prova, faltando 40 min para o início, uma forte chuva começou me deixando encharcado (foi até bom), a ansiedade só aumentava, pois não sabia o que iria encontrar e principalmente como meu corpo iria reagir.

Ao olhar no relógio e os ponteiros marcarem 09:00 a musiquinha (tam tam tam tam...) já começou a tocar no alto falante e a procissão começou na sequência, era praticamente impossível correr (nem liguei, pois mesmo se fosse possível não faria), isso por que nem havia passado pela linha de largada ainda e assim foi (passos curtos e pedindo e dando licença aos outros participantes...) até o km 1,5.

O tempo todo focado em manter o ritmo leve (muito leve), mas tinha horas que o instinto falava mais alto e eu tinha que me controlar, mas isso acontecia muito mais pelo clima e atmosfera presente.


 A cada 2 km havia uma placa indicando a distância percorrida, mas depois do km 6 eu não vi (me distraí) a placa 8, também não estava acompanhando no celular, pois não queria me frustrar com o tempo baixíssimo, mesmo sabendo que não seria diferente, mas pra minha surpresa, me deparei com a placa de 10km, e nesse momento meu corpo ainda não havia "pedido água". Pensei na hora: CARACA, MAS JÁ 10??? ...e assim continuei até a famosa e temida Brigadeiro Luís Antônio, aos gritos de "UH, É BRIGADEIRO, UH É BRIGADEIRO!!".

Encarei de peito aberto, cabeça erguida e muito coragem a subida não tão íngreme, mas muito exteeeeennnnsa, até que pontadas na barriga e indícios de câimbras na panturrilha me obrigaram a caminhar (talvez essa caminhada era no mesmo pace da corrida...rsrs). 

Muitos gritos e incentivos de pessoas de fora quase me fizeram voltar a correr (ou pelo menos fazer aquele movimento com o braço...), mas o que me acendeu de novo foi quando uma senhorinha já toda encurvadinha, com passos curtos, me passou como um foguetinho e não tive escolhas, voltei a correr (faltava 500 metros pra terminar a Brigadeiro).

Ao virar para a Avenida Paulista, já me deparei com o totem de chegada e não tive dúvidas: HORA DO SPRINT!!! Me engana que eu gosto, que audácia minha, ao tentar apertar mais o passo, minha panturrilha quase explodiu, mas consegui concluir a prova correndo (UFAAAA).

                                                               A medalha:

Desde a moinha última corrida (Corrida do Carteiro em 2012) não sabia o que era sentir esse gostinho delicioso de missão cumprida, desafio superado e confesso que hoje (até quando não sei) estou com vontade de voltar a treinar decentemente e participar de outras corridas, logicamente de corrida com distancias menores (5k).


Me encontre depois com o Ulton e Wallace onde pudemos comemorar esse feito (eles já estavam comemorando muito tempo antes...rsrsr).



Eu li em algum lugar que a São Silvestre é uma espécie de coroação de um ano de muita luta e trabalho, mas vejo por outro lado; que seja de um marco de um ano novo de muitas conquistas.